Mãe de copiloto morto em queda de helicóptero com piloto que havia ingerido cocaína critica relatório do Cenipa

  • 22/09/2025
(Foto: Reprodução)
Família de copiloto morto em acidente cobra lei mais dura para pilotos de aviação privada A família do piloto de Ribeirão Preto (SP) João Augusto Tremeschin, morto na queda de um helicóptero em 2022, em São Paulo, critica as recomendações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre o acidente. Para Tânia Veiga Hjertquist, mãe de Tremeschin, após mais de três anos de espera, o órgão poderia ter indicado providências mais objetivas a serem tomadas pelas autoridades brasileiras diante de informações como a constatação de que o piloto que estava no comando, Edison dos Santos Mendes Alves havia ingerido substâncias psicoativas como cocaína e tinha histórico de depressão. A obrigatoriedade de exames toxicológicos para os pilotos é uma dessas medidas que poderiam ter sido recomendadas para garantir a segurança das operações em voos futuros, segundo a família. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp "Nós estamos muito chocados. Se esperava do Cenipa pelo menos mencionar as obrigatoriedades, os cuidados que deveriam ser feitos para que a saúde fosse preservada de todos, de todos que estão envolvidos nesse processo. (...) Vocês são um órgão de prevenção à vida? Então, dentro desse relatório, não aparece, não tem nada de prevenção. Deixou a desejar", disse, em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo. Divulgado este mês, depois de mais de três anos, o relatório do Cenipa apontou uma série de problemas que podem ter contribuído para o acidente, mas não fez recomendações específicas à Anac, que pode se embasar nesse tipo de apuração para adotar mudanças. Por outro lado, ao descrever os detalhes em torno do incidente, o mesmo relatório considerou relevantes as informações do laudo toxicológico no piloto. Tânia Veiga Hjertquist, mãe de João Augusto Tremeschin Reprodução/EPTV Em nota, o Cenipa informou que as conclusões e recomendações do relatório final foram elaboradas com base em critérios técnicos e na análise minuciosa de dados, de acordo com protocolos alinhados com a aviação civil internacional e de acordo com documentos como o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA)". "O CENIPA, órgão central do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), atua com o único objetivo de contribuir para a prevenção de novos acidentes e incidentes aeronáuticos, por meio da identificação dos fatores que possam ter contribuído, direta ou indiretamente, para a ocorrência. Dessa forma, dissemina lições aprendidas por meio de seus Relatórios Finais de investigação e, quando aplicável, por meio das Recomendações de Segurança", comunicou. LEIA TAMBÉM Piloto usou cocaína antes de queda de helicóptero, aponta laudo; família de copiloto pede reabertura de inquérito Família pede regras mais rígidas na aviação privada 3 anos após queda de helicóptero que matou piloto e copiloto Piloto e copiloto morrem em queda de helicóptero na Zona Norte de SP O acidente Em 5 de agosto de 2022, o helicóptero havia decolado da capital com destino a Extrema (MG) para buscar Guilherme Benchimol, fundador e presidente Executivo do Conselho de Administração da XP Investimentos. Antes de chegar ao destino, a aeronave atingiu um morro e caiu sobre a floresta do Parque Taipas no bairro Jaraguá, ainda em São Paulo, por volta das 21h. Únicos ocupantes do helicóptero, o piloto Edison dos Santos Mendes Alves e o copiloto João Augusto Hjertquist Tremeschin morreram. Queda de helicóptero aconteceu na região do pico do Jaraguá, Zona Norte de São Paulo Reprodução/Cenipa Segundo o inquérito policial, Alves estava no comando e era colaborador da empresa responsável pela operação do helicóptero, a Majam Participações. Já Tremeschin era funcionário da JTBFly, empresa que tinha sido contratada para buscar o empresário, a quem a Majam havia cedido o uso da aeronave. A investigação policial foi arquivada mesmo com a constatação de que Alves, segundo o laudo toxicológico, havia consumido cocaína e medicamentos ansiolíticos antes do voo. A investigação também não levou em consideração, segundo a família de Tremeschin, que Alves havia recentemente enfrentado um quadro de depressão e não foi submetido pela empresa a nenhum exame médico para apontar se estava apto ou não. Esse argumento inclusive motivou um recente pedido de desarquivamento do caso. Procurada pela EPTV, a Majam Participações informou que tudo foi esclarecido, que o Ministério Público manteve o arquivamento do inquérito e que não há nenhum fato novo. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que, nas regras atuais, não há exigência de exame toxicológico para obtenção do certificado médico aeronáutico (CMA), mas que mudanças estão sendo discutidas. Piloto de Ribeirão Preto (SP), João Augusto Tremeschin, morre após queda de helicóptero em São Paulo Reprodução/Redes sociais Exame médico em pilotos deveria ser obrigatório, diz mãe Para Tânia, o acidente deve servir de exemplo para uma mudança nas regras relacionadas à aviação particular, sobretudo com relação à obrigatoriedade de exames toxicológicos nos pilotos. "A gente está desapontada demais com essa falta de lei. Eu desconhecia que existia essa falta na lei, que não existe essa obrigatoriedade para equipamentos próprios, que são privados, de que o seu piloto, que o seu profissional, precisa de exame de saúde. É uma prática comum, você percebe isso em qualquer categoria, seja de caminhão, de moto", diz. A própria Majam, responsável pelo piloto, argumentou durante as investigações que, pelo fato de ser de uso privado, a aeronave estava sujeita apenas ao regulamento RBAC 91, mas não ao “Programa de Prevenção do Risco Associado ao Uso Indevido de Psicoativas na Aviação Civil”. Para a mãe do copiloto, insistir em regras mais rígidas para o setor é uma maneira de evitar novos novos acidentes. "A nossa luta agora, mais do que tudo, é que exista uma mudança ou que exista uma lei que possa obrigar, obrigar mesmo, obrigatoriedade a ser cumprida, até pela saúde física, mental, espiritual de todos os pilotos ou todos os profissionais que colocam a sua vida em risco e não só a sua, mas com as demais vidas. Que essa lei exista para obrigar a periodicidade de se fazer os exames de saúde." Destroços do helicóptero que caiu no Jaraguá Divulgação/Corpo de Bombeiros Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/09/22/mae-de-copiloto-morto-em-queda-de-helicoptero-com-piloto-que-havia-ingerido-cocaina-critica-relatorio-do-cenipa.ghtml


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